segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Triade ou Tritone

Tritone...ou trítono em Português.

Intervalo de 4ª aumentada ou 5ª diminuta.
Na prática, as duas notas que formam esse intervalo estão à distância de 3 tons inteiros.
Por ex. C - F#
ou C - Gb

Este intervalo, quando situado num acorde entre o 3º e o 7º graus, origina aquilo a que se
chama a "função dominante".

Por outras palavras, um acorde para ser dominante, tem de conter um trítono entre o 3ª e 7ª graus desse mesmo acorde

Deixa ver se consigo explicar-te sem confundir muito....

Como te disse atrás, o intervalo de trítono assume a sua principal importância
ao caracterizar aquilo a que se chama "Função dominante"...a função que origina uma maior necessidade
de resolução (de alívio de tensão harmónica/melódica).
Essa tensão é provocada pela existência do intervalo de trítono entre o 3º e o 7º graus de um acorde.
Por ex. C-E-G-Bb, é um acorde dominante porque tem um intervalo de trítono entre o 3º e o 7º graus (E-Bb)

Pois bem, existe outro acorde que partilha o mesmo trítono com C7.....F#7.
Se reparares bem F#-A#-C#-E, tem o mesmo trítono no 3º e 7º graus (A# ou Bb e E, embora em posições contrárias).
O 3º grau de um passa a 7º de outro e vice versa. Mas o som é o mesmo. A função mantêm-se e por isso um pode
ser substituído pelo outro em grande parte das situações. E repara que as tónicas dos dois acordes também estão à distância de um trítono (C - F#)

No caso do solo do George Lynch, o que ele faz é usar as tríades de E7 e do seu trítono Bb7 sobre o acorde de E7
Isso resulta nas seguintes notas E (tónica), G# (terceira maior), B (quinta), A#/Bb (quarta aumentada ou 11+)
D (sétima menor) e F (nona menor).
Depois ele vai repetindo esse pattern por várias oitavas

http://img189.imageshack.us/img189/3727/guitar1h.jpg

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Peste e Sida e os Censurados

Os “Peste e Sida” nasceram no Verão de 1986. Um ano depois, João San Payo, Luís Varatojo, Fernando Raposo, João Pedro Almendra e Orlando Cohen conseguem contrato de gravação e editam o LP Veneno. A banda começa a dar muitos espectáculos e a dar nas vistas com letras agressivas e ideias anarquistas e revolucionárias.

Pouco depois nascem os “Censurados”. João Ribas, Samuel Palitos, Orlando Cohen e Fred Valsassina eram as figuras dos muitos concertos que fizeram sucesso mesmo antes do lançamento do primeiro álbum, “Censurados”.Editado em 1990, o trabalho deixou marcas na música portuguesa pelas letras fortes e directas que desafiavam os limites do que era ouvido até então.

O Perdidos e Achados deste sábado reencontrou os membros dos “Peste e Sida” e dos “Censurados”. Quisemos saber o que é feito das bandas que marcaram a juventude da era Cavaquista.


--------------------------------------------------------------------------------

Jornalista: Catarina Neves
Imagem: Rodrigo Lobo
Edição: João Nunes
Produção: Diana Matias; Madalena Durão
Coordenação: Sofia Pinto Coelho
Direcção: Alcides Vieira

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mike Oldfield - Tubular Bells II






Album development
Virgin Records had been pushing Oldfield to create a sequel to Tubular Bells for many years prior to his departure from the label, but Oldfield was hesitant to do so, although his penultimate album for the label, Amarok, was in several respects a conceptual sequel to his 1976 album Ommadawn.

For Tubular Bells II Oldfield enlisted the help of Tom Newman, who had helped produce the original, as well as established producer Trevor Horn. "Early Stages" which is an early version of what would become "Sentinel" was included as a B-side to the single version of "Sentinel". "Early Stages" has a somewhat darker mood and is from the pre-Trevor Horn development of the album, possibly showing the kind of influence that Horn had.

Tubular Bells comparisons
Tubular Bells II partly follows musical structures of the original Tubular Bells (1973). Themes of the original Bells are taken and then completely re-composed and played with mostly new instruments. The result is an album that has same kind of thematic variation but is still new musically. Some themes can be seen as variations of themes taken from the original Bells, while some other parts of Tubular Bells II do not have much common with the themes of the original album except their overall mood or feeling.

Unlike Tubular Bells there is a recurring theme, first appearing at the end of "Sentinel" that reappears throughout the album, though it is most obvious at the end of "The Bell". Also unlike the original the ending coda, "The Sailors Hornpipe", "Moonshine" is an original composition by Oldfield.

In 1998 another sequel followed, Tubular Bells III, and in 2003 Oldfield faithfully re-recorded the original Tubular Bells, as Tubular Bells 2003.

Master of Ceremonies
The introduction of the instruments at the end of the first half of the album was done by British actor Alan Rickman, though he was only listed in the credits as "a strolling player". This was due to the final voice not having been picked, when the artwork was produced. The Master of Ceremonies at the premiere concert in Edinburgh, Scotland was John Gordon Sinclair.

On alternate mixes of "The Bell" released as single B-sides, Billy Connolly and Vivian Stanshall (the voice in the original Tubular Bells) each played the Master of Ceremonies. On two alternate language B-sides of "The Bell", MC Otto and MC Carlos Finally played the Master of Ceremonies in German and Spanish respectively.

Track titles
Some of the track titles for the album were taken from Arthur C. Clarke's short stories, including "The Sentinel" and "Sunjammer". Other track titles could just be references to science-fiction or space in general; dark star and weightless for example. Dark Star is also a title of a sci-fi film by John Carpenter which was released in the same year as the original Tubular Bells, 1973.

Oldfield has occasionally called some of the tracks on the album by different names in interviews, such as once when he performed "Red Dawn" on BBC Radio 2 he called it "Russian". The title "Russian" was also later given to the equivalent piece on the re-recorded version of the original Tubular Bells, Tubular Bells 2003.

Album artwork
Tubular Bells II again uses the bent metallic tube (representing a bent tubular bell) as the focus of the album artwork. The bell is a golden colour on a dark blue background as opposed to Tubular Bells' grey/silver bell on top of a sea/skyscape. Both the photos for Tubular Bells and Tubular Bells II were produced by Trevor Key. The cover design was by Bill Smith Studio.

Live concerts
Main article: Tubular Bells II 20th Anniversary Tour 1992/93
The album was premiered with a live performance at Edinburgh Castle on 4 September 1992 (see Tubular Bells II Live) with John Gordon Sinclair as Master of Ceremonies.[1] The North American premiere was held at Carnegie Hall in New York on 1 March 1993; a world tour then followed. Following this Oldfield did not play live for nearly five years, until the premiere of Tubular Bells III in 1998 and then his Then & Now Tour in 1999.[2]

Track listing
All songs written and composed by Mike Oldfield.

[edit] Side one
1."Sentinel" – 8:07
2."Dark Star" – 2:16
3."Clear Light" – 5:48
4."Blue Saloon" – 2:59
5."Sunjammer" – 2:32
6."Red Dawn" – 1:50
7."The Bell" – 6:59
[edit] Side two
1."Weightless" – 5:43
2."The Great Plain" – 4:47
3."Sunset Door" – 2:23
4."Tattoo" – 4:15
5."Altered State" – 5:12
6."Maya Gold" – 4:01
7."Moonshine" – 1:42
[edit] Personnel
Mike Oldfield – acoustic guitars, banjo, classical guitar, electric guitar, Flamenco guitar, glockenspiel, Hammond organ, Farfisa organ, mandolin, percussion, piano, synthesisers, timpani, twelve-string guitar, vocals, tubular bells
A Strolling Player (Alan Rickman) – Master of Ceremonies
Sally Bradshaw – vocals
Celtic Bevy Band – bagpipes
Eric Cadieux – programming and digital sounds
Edie Lehman – vocals
Susannah Melvoin – vocals
Jamie Muhoberac – keyboards, special effects
P.D. Scots Pipe Band (actually pipers from the New York Police Department) – bagpipes
John Robinson – percussion
[edit] Instruments
Instruments on the album include, among others: (not a complete list)

Fender Stratocaster guitar (pink)
PRS Custom Artist (amber)
Korg M1 synthesizer
Ensoniq SD1 synthesizer
Kurzweil K2000 synthesizer
Premier tubular bells
Violin - in "Moonshine"
Farfisa organ in "Sentinel", "Dark Star", "The Bell" and "The Great Plain"
Hammond organ in "Maya Gold", "Altered State" or "Tattoo".

domingo, 17 de outubro de 2010

Frustação Musical - Quem é que não tem?

Frustração Musical
de Tom Hess
--------------------------------------------------------------------------------

Estás frustrado musicalmente? Não és o músico que queres ser? Ou não tão bom como poderias ou deverias ser? Olhas com inveja para outros músicos que estão fazendo o que gostarias de estar fazendo? Será que alcançar os teus objectivos musicais parece uma coisa fora do teu alcance?

Acho que, de tempos em tempos, praticamente toda gente já teve pensamentos destes a passarem pela sua mente. Felizmente, não estás sozinho e há coisas que podes fazer para combater a negatividade da frustração. Muitos dos grandes mestres da música, às vezes, ficaram frustrados com as suas habilidades musicais. Eu providenciei quatro exemplos de compositores clássicos famosos:

1. Ludwig Von Beethoven (1770-1827) trabalhou durante longos períodos de tempo nas suas composições para completá-las. Ele reviu as suas peças repetidas vezes aperfeiçoando-as e duvidando dos seus esforços originais. Isto foi quase inédito na época de Beethoven. Muitos de vós já devem saber que, mais tarde, na sua vida, Beethoven foi ficando, gradualmente, surdo. Devido a isso, Beethoven deixou de actuar como pianista em 1814 (13 anos antes de sua morte).


2. Johannes Brahms (1833-1897) ficou tão frustrado com suas habilidades de composições que passou vinte e um anos (21) a compor sua primeira sinfonia! Ele sentiu como se nunca pudesse compor uma sinfonia como as de Beethoven. Brahms continuava a recomeçá-la, revê-la, abandoná-la, refazê-la, etc.


3. Gustav Mahler (1860-1911), mestre de sinfonias, reviu as suas sinfonias e outras obras após ter duvidado do que havia composto originalmente. Mahler continuou a rever as suas obras até à morte. Deve ter sido frustrante manter-se revendo peças que já haviam sido publicadas.


4. Jean Sibelius (1865-1957) deixou de compor durante cerca de 30 anos porque achava que se tinha esgotado de novas ideias musicais. No auge de sua popularidade, ele duvidou da sua capacidade de compor algo bom. Ele trabalhou em músicas novas durante 30 anos, ou mais, esboçando as suas ideias durante o dia e deitando-as fora todas a vezes. Isto é uma frustração muito séria!


Beethoven começou a compor novamente em 1817. Muitas das suas composições mais importantes surgem a partir deste último período da sua vida. Beethoven, quando começou a trabalhar outra vez, abriu novos caminhos e fez coisas nunca antes feitas na música. Se ele tivesse continuado a deixar que as frustrações da sua surdez o paralisassem musicalmente, não seria tão conceituado como é hoje.


Após o período de vinte e um anos (21) para compor a sua primeira sinfonia, Brahms sentiu-se aliviado. A sombra de Beethoven foi elevada o suficiente para permitir que Brahms avançasse. Ele, finalmente, encontrou uma maneira de seguir em frente e de lidar com as suas frustrações. Ele completou a sua sinfonia seguinte em menos de um ano.


A frustração pode ajudar-te ou ferir-te, dependendo de como lidas com isso. Como podes ver, Beethoven e Brahms acabaram por encontrar formas positivas de lidar com as suas frustrações e ultrapassarem-nas. Infelizmente, Sibelius não. Ele é, talvez, o exemplo mais extremo de uma pessoa que deixa a frustração destruí-la musicalmente. Infelizmente, ele morreu sem que nos últimos 30 anos da sua vida terminasse uma composição significativa!


Quando era adolescente, eu e alguns amigos meus (todos guitarristas), fomos ver o Yngwie Malmsteen tocar em Chicago. Após o show acabar, alguns dos meus amigos comentaram sobre como se sentiram deprimidos depois de ouvir o Yngwie e disseram que queriam desistir completamente de tocar guitarra. Éramos todos jovens e sabíamos que o Yngwie era muito melhor músico do que nós. A principal diferença entre a reacção deles e a minha foi que eles deixaram a sua admiração pelo Yngwie frustrá-los ao ponto de pensarem não haver esperança nos seus esforços para se tornarem melhores guitarristas. Muitos dos meus amigos pararam de tocar guitarra por vários dias; um deles realmente desistiu completamente.


A minha reacção ao evento foi muito diferente. Eu usei a minha admiração pelo Yngwie como uma força positiva, maciça e inspiradora. Fiquei tão inspirado que fui directamente para casa e treinei durante a noite até que não conseguia manter os olhos abertos por mais tempo.


O ponto aqui não é tentar evitar a frustração, mas usá-la para teu proveito. Eu virei sempre a minha frustração musical para uma maior fonte de motivação. Eu estava sempre à procura de outros músicos que fossem melhores que eu para uma jam. Claro que era fácil de encontrá-los quando eu era novato; tornou-se cada vez mais difícil ao longo dos anos que se seguiram. Eu recebi muitas coisas dessas experiências.


Num artigo anterior, eu escrevi sobre perseverança, escrevi sobre a importância de acreditar em si mesmo e de não desistir. Eu não quero ser muito redundante aqui, mas vale a pena mencionar brevemente alguns pontos outra vez.


Demasiadas vezes os guitarristas não chegam às suas potencialidades porque sentem que não podem equiparar-se a outros ou às suas expectativas. Porquê comparar-se com os outros? Será que realmente importa se és ou não tão bom quanto outra pessoa? Claro que não. A música não deve ser vista como um desporto competitivo. É e deve ser uma arte. Tudo o que realmente importa é o quão bem és capaz de te expressar. Assim, a questão só deve ser esta: actualmente, tens as habilidades para te expressares plenamente através da música?


Por mais que eu nunca tenha gostado ou respeitado o cantor /guitarrista / compositor / dos Nirvana, Kurt Cobain, devo admitir que ele era capaz de se expressar muito bem. Apesar do facto de que as habilidades musicais de Kurt eram primitivas e muito limitadas, pode-se ouvir a sua personalidade fluir através da sua música. Não importa que ele não fosse um bom guitarrista. Não importa que o seu conhecimento de teoria musical fosse, provavelmente, perto de zero. Também não importa que ele tocasse desafinado e que tivesse uma técnica de guitarra absolutamente desleixada. Felizmente, para aquilo que ele queria expressar, ele não precisava de ter nenhuma das competências que a maioria dos músicos considera boas e necessárias. Se o Kurt quisesse expressar algo mais significativo ou complexo, iria ficar extremamente frustrado por não ter mais habilidades musicais do que aquelas que podem ser ouvidas na sua música. Então, no final, tudo funcionou bem para ele e o meu palpite é que ele, provavelmente, não estava muito frustrado consigo musicalmente, porque ele não estava tentando ser melhor guitarrista, compositor ou cantor do que ninguém. Ele não fez esses tipos de comparações entre ele e o resto do mundo da música.


Esta é, na minha opinião, a única coisa importante que todos nós podemos seguir. Claro que a abordagem do Kurt Cobain de não se preocupar com essas comparações não é uma ideia nova; muitos outros antes e depois dele também o fizeram. Ele é usado aqui como um exemplo porque quase toda gente do nosso tempo o conhece.


Na minha vida, e no início, o pensamento de desistir da guitarra ocorreu-me (embora nunca a sério). Quando adolescente, eu também ficava frustrado quando pensava que nunca podia tornar-me num guitarrista virtuoso (como Yngwie ou Jason Becker) e que nunca poderia tornar-me num mestre compositor (como Chopin ou Bach). Quando eu parei de tentar competir com toda gente, e delineei novas metas de auto-expressão, tudo mudou. Eu parei de fazer comparações com outros guitarristas, compositores e letristas porque, com o meu novo objectivo, essas comparações de pouco ou nada serviam para a minha nova missão de simplesmente me expressar plenamente através da música. Eu senti-me liberto do fardo de ter que competir com o resto do mundo. Começando no início de 1990, o meu foco era o de apenas ganhar mais habilidades, ferramentas, etc. que eu precisaria para expressar o que tinha dentro de mim.


No meu caso, o que quero expressar exige um alto grau de virtuosismo na guitarra e composição, complexidade musical, integridade, etc. Porque eu preciso dessas habilidades, a minha viagem para chegar a um nível mais elevado de musicalidade necessitou muito mais tempo, esforço e estudo do que para alguém como Kurt Cobain, que tinha necessidades muito diferentes das minhas para se expressar.

A maioria dos músicos que irão ler isto terão muito mais ambições musicais do que o Kurt Cobain. De igual modo, tu também te vais sentir frustrado quando te vires limitado pelas tuas habilidades. A chave é usar isso como uma força positiva para a tua motivação e inspiração. Mestres de todos os tipos de arte passaram pelo que estás passando. Hoje, estás em qualquer nível de habilidade. Através da tua frustração e motivação, acabarás por alcançar os teus objectivos actuais. Ao alcançares estes objectivos, provavelmente ainda te sentirás frustrado porque o teu desejo de melhorar ainda mais far-te-á estabelecer novas metas para ti mesmo. E, assim, o ciclo continua. Mas tu estás progredindo e melhorando sempre.


--------------------------------------------------------------------------------

domingo, 13 de junho de 2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

George Lynch - Mr. Scary live solo guitar tab

Anos 90. Andava eu num belo dia a passear pelo Shopping , e decido passar na livraria do custume para ver o que havia na revista guitar world desse mês, quando encontro uma guitar world diferente:GUITAR CLASSICS!!! e não é que encontro lá aquele solo incrivel que George Lynch fez no album Beast From The East!!!
Quem passou este solo para tabulatura , esta mesmo de parabens! que não é tarefa façil !
Tarefa façil tambem não é tocar isso, pois por varias tentativas , saí-me sempre frustrado. Mas sempre deu para tirar umas ideias.
Um concelho...primeiro aprendam a tocar musica, teoria etc... depois tentem então tocar isto, senão não faz sentido nenhum, o que estão a aprender.










quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O Que é Que Define Um Género Musical?

Definir um género, pôr em palavras o que os ouvidos captam, sitematizar coisas que parecem evidentes mas que são difíceis de exprimir.
Acho que não dá para sistematizar dessa maneira, pelo menos em tantos sub-géneros como há hoje em dia, já que muitos são iguais em quase tudo mas diferem em algumas coisas cruciais de forma a que ouvindo dê para aperceber, mas por escrito é complicado.
Mesmo que desse para fazer, teria que arranjar denominadores comuns para TODAS as músicas de um só estilo, de forma a descrever uma música como sendo de um género específico. E isto não dá para fazer.

Penso que à medida que os anos vao passando, se vai tornando cada vez mais dificil classificar a musica pela diversidade que foi surgindo.. Não que os musicos estejam mais criativos (au contraire muitas vezes), mas penso que à medida que o tempo vai passando ha menos limitaçoes, cada vez ha mais pessoas preparadas para ouvir novas "sonoridades" (boas ou mas, reciclagens ou nao) e mercado para isso mesmo... Se em 1940 houvessem guitarras electricas como ha hoje e mesa boogies se calhar nessa altura ja teriam havido bandas de metal.. mas nao havia, nem publico, nem mercado para tal... à medida que os anos foram passando penso que os avanços no fabrico de instrumentos, tecnologicos, e outros, juntando ao facto da musica se ir tornando cada vez mais acessivel a todos (a quem a faz e a quem a ouve) fez com que novas sonoridades fossem criadas, movimentos surgindo e que houvesse alguem com vontade de as ouvir e/ou quem as promovesse de modo a que assim acontecesse.

Com toda esta variedade e "estilos" que vao surgindo, cada vez ha mais rotulos e sub-rotulos e torna-se quase impossivel por vezes classificar certas bandas... porque é um pouco disto e um pouco daquilo e entao diz-se que é nao-sei-o-que.. mas depois ha outra banda que tambem é um pouco das mesas coisas mas lado-a-lado nao soa lá bem à mesma coisa, mas entao como se vestem assim ou assado ou usam muito uma cena qualquer ja se diz que é whatever... E depois este "movimento" extingue-se um bocado... mas volta uma decada depois e entao mete-se um prefixo qualquer para diferenciar, mas desta vez ja se vestem duma maneira diferente e tem um bocado mais de melodia por isso passa a ser outra coisa.. e isto vai sendo uma autentica bola de neve... à medida que os anos vao passando isto vai ficando cada vez mais complexo... A sério... Regra geral, bandas da decada de 70 sao classificadas num genero ou dois vá.. hoje em dia damos com bandas na wikipedia que no "genres" ha mais linhas do que em "members"...

Muitos dos "generos" sao rotulos fabricados para vender certa musica em determinada epoca a determinado target... Para mim por o mesmo rotulo de "grunge" em Mudhoney e Alice in Chains e depois o Nevermind dos Nirvana ser o tour de force da banda que obteve mais destaque dentro desse "genero" é inconcebivel.. Ou mais recentemente o "fenomeno" nu-metal em que eram vendidas com a mesma estampa bandas como limp bizkit e deftones..

Tudo que nós ouvimos e é nomeado com um género musical é uma interpretação de um músico/s de uma musica de outro músico/s. E com isto quero dizer que um genero musical é iniciado quando se encontra um padrão num universo musical, uma repetição de determinada sonoridade baseada em diferente já criada. O que nós associamos como Rock por exemplo é a existência de um factor constante e comum entre várias bandas. No fundo cada um vai copiando e recriando aspectos desde certas harmonias, certas melodias, utilização de determinados instrumentos para alcançar uma determinada sonoriedade. Existem acasos, certos generos musicais criados de raiz mas que muitas vezes derivam de uma corrente já sólida, é a evolução.
O rock tem mesmo de ter equipamento elétrico? Acho que se consegue soar a rock só com instrumentos acústicos embora seja mais difícil e muito menos comum. Não me peçam exemplos mas acho que um baterista, um baixista/contrabaixista e um guitarrista ou um pianista conseguem soar a rock sem electricidade.
o rock é um estilo de música que pode ser rápido ou lento com a inclusão obrigatória de guitarras eléctricas ou algum tipo de instrumento melódico com distorção (digo isto porque já vi bandas sem guitarra electrica apenas com 2 baixos e soava muito rock)

O rock é um estilo muito abrangente, muito mais que o metal. apesar de haver 456 tipos de metal, há poucas nuances metal (quando falo em metal falo mais em metallica, pantera, megadeth, iron maiden etc...)
O metal é o rock levado ao extremo, mais agressivo e mais rápido, em que predominam as guitarras eléctricas com uma distorção ainda mais distorcida que a distorção de rock.
Este estilo musical baseado em padrões rítmicos repetitivos e regulares, de notas graves na guitarra, mutas vezes acordes só de fundamental 1ª e 5ª, como no rock, há muita pentatónica, também se usa muito a 5ª diminuta nos riffs e cromatismos. Os modos (isto para mim é às vezes muito importante para definir um género) são principalmente os menores, o metaleiros têm alguma vergonha do modo de sol, de dó e de fá.
o modo de mi e as sensíveis do modo menor não são de desdenhar, não se usam muitos acordes de 7 maior, nem maiores de 9º, prevalecendo os acordes de 5ª (powerchords), os acordes menores com 9ª não são de desdenhar no metal, assim como os acordes diminutos
As letras das musicas quer de uma maneira mais exposta ou de outra mais escondida vão sempre ter o significado de : satanismo, diabo, morte, inferno etc. fazem isso o tempo inteiro, eles vendem morte ás pessoas.
A intensa exaltação da morte, ódio, e do mal é inútil, essas bandas a mostrarem-se que são muito cruéis (alguns até fazem de uma forma divertida e disfarçada) e mostram mensagens negativas ás pessoas, é completamente satanico.
...ou então escrevem sobre assuntos de probolemas sociais, politicos, religiosos, etc. ou seja é como se ligasse a tv para ver as noticias deste mundo, mas neste caso cantado.
O mundo do metal tende a ter suas ‘próprias’ morais aqui... você sempre será um ‘traidor’ para os fascistas do metal se não tocar metal. Estou-me a lembrar do album "load" de Metallica, "Chamaleon" de Helloween, porque soaram diferente diz-se off-genre , Somewhere in time de iron maiden , só porque meteram teclas, entre outros albuns foram dos mais criticados por serem diferentes.


Definir até um género tão simples como o punk rock é complicado... ora deixa ver: uso frequente do ritmo binário (vulgarmente designado por puntz, puntz, puntz, puntz) instrumentação mais comum: guitarra eléctrica, voz, baixo bateria, utilização mais comum dos modos jonicos (maiores) de dó, ré, sól, lá e outras coisas, talvez, depois há muita coisa onde os campos se misturam...
Quanto ás letras falam , falam , dizem muitas coisas, sempre ao som da 1º e 5º (power chords)

Ora na música pop, essas regras muitas achos que não estão explícitas, mas estão lá, implícitas
Pop é música que é criada com o intuito de agradar à maior parte da população, focalizada para o mainstream, os seus compositores optam, por vezes, por agarrar em bases de rock, jazz, blues, de modo a que ainda dentro do seu estilo consigam fazer um som mais suave, mais comercial

Jazz não sei o suficiente para me pronunciar sobre ele, acho que tem bastante a ver com o ritmo. É muito fácil associar aquele swing clássico a jazz.
O Jazz se desenvolveu com a mistura de várias tradições musicais, em particular a afro-americana. Esta nova forma de se fazer música incorporava blue notes, chamada e resposta, forma sincopada, polirritmia, improvisação e notas com swing do ragtime. Os instrumentos musicais básicos para o Jazz são aqueles usados em bandas marciais e bandas de dança: metais, palhetas e baterias. No entanto, o Jazz, em suas várias formas, aceita praticamente todo tipo de instrumento.

Sonoridade, ritmo, atitude, caracteristicas especificas de generos, "sensação" que provoca, influencias, epoca em que se insere, muita coisa, um pouco relativo.
Se conseguimos distinguir e nomear estilos através da audição deveríamos ser capazes de transpor as conclusões para "papel".
Também concordo com os denominadores comuns. Se não os houvesse não existiriam estilos.

Ignoro um bocado essas classificações e preocupo-me mais com o meu gosto e com aquilo que me agrada...tomo sempre muita atenção ás letras das musicas, se são boas ou más, edificantes ou destruidoras. Divido as coisas numa meia duzia (se tanto) de "estilos" que uso mais para referencia.